quarta-feira, 15 de maio de 2013

Orientação educacional face á evolução teórico-prática da educação



Antes de entramos na analise do tema, identifiquemos seus significados. Ambos os termos teoria e pratica vem do grego. Teoria significativa, originalmente, a viagem de uma missão festiva aos lugares de sacrifício. Daí o sentido de teoria como observar, contemplar, refletir.


Quanto à palavra prática, deriva do prâxis, prâxeos, tem o sentido de agir e, principalmente, a ação inter-humana consciente, diferente de poeiese, que compreende a ação produtiva e a atividade comercial.


         Para Ferrater Mora, teoria é contemplação, podendo ser definida como uma visão inteligível ou como uma contemplação racional. O filosofo acha que na atualidade a teoria deixou de ter essa categoria de contemplação, para designar uma construção intelectual que parece como resultante de um trabalho filosófico ou científico.


         Para Lalande, prática tem vários sentidos, como o exercício de uma atividade voluntária que transforma o ambiente que nos rodeia, ou o exercício habitual de uma determinada atividade.


         De modo geral, podemos interpretar a teoria como pensar, raciocinar, a partir de determinados princípios e pressupostos; a prática seria a realização, a ação e os resultados.



Teoria e prática uma unidade para o educador


         Na realidade, o educador trabalha a relação teoria e pratica de três foras distintas:
·       Apresenta a teoria e prática separadamente, justapostas.
·       A concepção de que a pratica significa a aplicação da teoria pedagógica.
·       O tratamento conjunto e integrado da teoria com prática, com implicações mútuas.
         Em temos de evolução teórico-prática da educação, encontramos, em nossa literatura, pesquisas pertinentes ao tema do estudo.
         Pedro Bemjamim Garcia, em educação, apresenta o pensamento pedagógico em dois enfoques teóricos antagônicos: teoria da modernização e a teoria da dependência.
·       Teoria da dependência: reforça a demandas simbólicas das classes dominantes e dominadas.
·       Teoria da modernização: contribui para a modernização da sociedade, criando quadros técnicos, possibilitando a modalidade social, redistribuição de renda proximidade entre sociedades.
         Essas duas teorias tiveram grande influencia nos sessenta e setenta. A primeira reforçou as analises reprodutivas da Educação; a segunda revelou-se extremamente conservadora.

        
         Outro estudo apresentado por Dermeval Saviani, que esboça a historia da educação brasileira, quatro grandes tendências:
·       Humanismo tradicional, anos 30 à 45.
·       Humanismo tradicional e humanismo moderno, anos 45 à 60.
·       Predomínio da humanista moderna; anos 60 à 68.
·       Crise da tendência moderna e articulação tecnicista e concomitante emergência de critica à pedagogia oficial e à política educacional que busca implantá-la; a partir de 68.
         Para José Carlos Líbaneo, as tendências pedagógicas da pratica escolar são liberais e progressistas.
·       Liberais: inclui as tradicionais e renovadas progressistas, a renovada não diretiva e a tecnicista.
·       Progressistas: tendências libertárias, libertadora e a crítico-social dos conteúdos.

         Na evolução teórico-pratica da Educação uma tendência que se destaca é a construtivista. Os construtivistas admitem que o conhecimento resulta da interação do sujeito com o meio ambiente. Encontramos Piaget, Vigotsky, Luria, Wallon, Leontiev e outros.
         Discutir, pois, o tema da evolução teórico-pratica da Educação no cenário Brasileiro, torna-se, um desafio. Isso porque, na realidade precisaríamos de uma pesquisa, trabalhos e publicações, mas na pratica não há o devido entendimento de a que propõem as teorias.

         Maria Rita afirma que três aspectos vêm dificultando a compreensão do fenômeno educativo na forma como ele se apresenta nas escolas, via o ideário pedagógico.
·       O primeiro é que as teorias da educação não desvelam com se dá a articulação das teorias como pratica, em que pese a argumentação da relação dialética entre teoria e pratica.
·       O segundo aspecto pratica é que a apresentação de novas teorias da Educação é feita, em geral, no âmbito da descrição da proposta, sem a explicação do seu processo de construção.
·       O terceiro aspecto diz respeito à ampliação da discussão dos projetos históricos que permeiam as posições progressistas na área da educação a fim de favorecer o entendimento da aparente identidade do discurso dito transformador.

Entendendo a Orientação Educacional através das tendências em seus diferentes contextos

·         A educação em seu sentido mais amplo é entendida na concepção do autor como orientar, nortear, dirigir. Quando se trata de Orientação Educacional, logo estará se tratando também de educação, portanto esses dois termos são indissociáveis.

·         A Educação e a Orientação Educacional possuem características ditadas pela época em que se situam.

·         Educação Tradicional: Nesta tendência a educação possui um cunho terapeuta e psicológico, uma vez que se objetiva ajustar o aluno – problema aos modelos apresentados pelas famílias.


      A Orientação Educacional, nesta tendência tinha a ideia de que tanto a aprendizagem quanto a conduta, estariam sempre relacionadas ao aluno em si, não as interferências do contexto social.

·     Educação Renovadora Progressivista: Nesta perspectiva a orientação buscava auxiliar o desenvolvimento cognitivo dos alunos, identificavam-se os alunos por meio de testes, assim como na educação tradicional e trabalhava-se bastante em termos individuais.




· Educação Não- Diretiva: A Orientação neste contexto é reconhecida como “Facilitadora de mudanças”. Na própria formação do orientador, contemplava o aconselhamento vocacional.



·  A educação Tecnicista: Cabia a orientação, identificar as aptidões dos alunos para um determinado mercado de trabalho. Neste sentido tinha um aspecto funcionalista, que enfatizava as técnicas de seu processo.

     A orientação teve papel importante neste período, principalmente com uma reforma implantada a Constituição, neste sentido a Orientação estabelecia a relação escola – comunidade, desempenhando papel de promover os alunos a um devido mercado de trabalho, bem como orienta-los neste período.


·         Educação Libertária: Nesta abordagem, a pedagogia recusa qualquer forma de poder de autoridade, cabia à orientação discutir e promover reflexões a respeito das questões da relação de poder da classe trabalhista, objetivando tornar esse aluno consciente da sua importância enquanto ser social critico.  

       O papel do Orientador era subsidiar, assessorar o professor, na medida em que ele era um “orientador” e um catalisador do grupo junto aos alunos.





·         Educação Libertadora: Dentro desta tendência, a Orientação buscava captar o mundo real dos alunos, sendo estes enfocados como indivíduos históricos, concretos e reais. O trabalho da Orientação nesta abordagem questionava a realidade das relações do homem com a natureza e com os outros homens, almejando uma transformação, por esse motivo foi considerado uma educação critica.


                                                 


·         Educação critico– social dos conteúdos: A atuação estaria voltada a preparação do aluno para o mundo adulto, fortalecendo-o por meio da aquisição de conteúdo e da socialização, para que este individuo tenha participação ativa na democratização da sociedade. O aluno não tem sua existência aniquilada nesta tendência, pelo contrario, há de se perceber o contexto em que ele se encontra suas experiências e verdades adquiridas, para depois confronta-las com os conteúdos e modelos apresentados pelo professor.

·         Orientador atua como um mediar nesta busca procurar ser um facilitador na construção dessa autonomia.






Nas teorias criticas, hoje, o comprometimento da Orientação esta relacionado à dimensão coletiva que favorece o desenvolvimento do aluno, o Orientador Educacional tem como objetivo a articulação currículo-sociedade, homem-natureza, homem-sociedade, escola-trabalho, escola-vida e, como ação fundamental, a leitura critica permanente da sociedade e do mundo em que vivemos.


Interesssante aqui também: 

sábado, 12 de maio de 2012

Síndrome de Down


S
Índrome de down
É causada por uma anomalia genética, pela presença de um cromossomo 21 extra.

 A pessoa com síndrome possui além de características físicas já conhecidas, características bem próprias e em intensidades diferentes. Pode apresentar desenvolvimento cognitivo mais lento, agressividade, isolamento social, dificuldade motora dentre outros. É importante ressaltar a singularidade e evitar qualquer tipo de generalização.
O desenvolvimento dessas crianças é semelhante às demais crianças, porem é preciso levar em consideração suas singularidades, se concentrar em buscar habilidades e também competências, tais como: realizar sua higiene pessoal, fazer compras, circular sozinho, coisas que propicie uma melhor qualidade de vida. Pois alguns indivíduos podem apresentar dificuldades em adquirir habilidade que proporcione maior autonomia.
Os portadores da síndrome possuem algumas limitações, tais como desenvolvimento motor mais lento, na fala, percepção de espaço e coordenação e também um desenvolvimento cognitivo mais lento, tais como, compreensão dos fatos que ocorrem a sua volta, aquisição de conceitos e estabelecimento de relações.
O processo de inclusão desses indivíduos deve ser guiado de forma bem peculiar, é uma demanda que implica uma nova postura da escola e também dos pais para que ambos mantem as expectativas, atividades de cobranças ao nível da capacidade da criança em determinado momento e propiciando 




desafios gradativamente. A escola deve atender as especificidades dessa criança fazendo-a se sentir habituada ao ambiente, devem ser traçados objetivos desde que seja respeitado o tempo de cada criança com relação a essas metas. Sendo assim a inclusão é viável.













quinta-feira, 13 de outubro de 2011

UMA NOVA ERA TAMBÉM NA EDUCAÇÃO


As mídias são inquestionavelmente  uma ótima fonte de pesquisa e podem SIM melhorar de forma qualitativa a vida acadêmica dos alunos.Desde que seu uso se adapte aos parâmetros curriculares. 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Geração Coca-Cola

Os meios de comunicação: televisão, rádio, cinema, internet, etc. Tornara-se influência 
direta na vida e formação de crianças. Não que isso seja ruim, mas exige certo cuidado, para que essa influencia não se torne maléfica ou ate mesmo perigosa. Pois já se conhece casos de crianças que sofreram abusos e ate mesmo morreram por descuido ou envolvimento com pessoas mal intencionadas via internet. Pois bem, qual postura os pais devem tomar? A proibição seria o mais correto a ser feito?
Não. Com certeza a proibição não é o melhor caminho, afinal nessa nova era é totalmente inviável o afastamento dessas crianças com relação à tecnologia. Portanto a única forma de impedir que algo de ruim aconteça a elas é ficando atentos aos sinais.
É importante que os pais mantenham uma relação cordial e de confiança com seus filhos, para que haja compartilhamento de experiências vividas na internet.
Os instrua para que não forneçam informações pessoais.
Informe-os que em um ambiente virtual as pessoas podem mentir e por isso é importante não encontra amigos virtuais, pois as pessoas podem não ser o que dizem.
Orientando a criança e estando atenta e inserida em sua vida, os usos de tecnologias podem ser extremamente benéficos e ótimos recursos para aprendizado, crescimento e também para descontração.



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pai é tudo igual?


"A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui".
Jean Jacques Rousseau
Nem  sempre. Há algumas perguntas as quais somos remetidos quando aborda-se este tema como por exemplo: Qual é o papel do pai? orientar e educar a criança ensinando-a o que é certo ou errado? Não. Ser pai vai muito além disso é está envolvido diretamente e participando ativamente da vida de seus filhos inclusive no âmbito escolar. É importante que exista essa aliança entre familia e escola, pois esse "efeito - familia" traz beneficios  e é responsavél por cerca de 70% do sucesso escolar destas crianças. O envolvimento do adulto dá  suposte emocional e afetivo que se reflete no desempenho escolar.
É importante que o estudante seja estimulado por seus responsáveis e que essa preocupação pelo que é aprendido se torne funcional na vida de ambos. Com uma relação baseada na cumplicidade é possivel obter sucesso no ensino e aprendizagem.


Referências: http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-95-,00.html
http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/escola-familia-495924.shtml

sábado, 17 de setembro de 2011

A RELAÇÃO EDUCAÇÃO E SOCIEDADE


Entende-se por educação o processo de ensino e aprendizagem, que pode acontecer tanto no âmbito escolar (Educação formal), quando no ambiente social (educação informal), portanto aprendizagem acontece de forma simultânea à vida social.Por isso a educação de um individuo não pode ser centralizada somente ao ambiente escolar, já que outros ambientes também influenciam e formam , há uma via de mão dupla entre educação e sociedade, as duas estão contextualizadas. Portanto é errôneo culpar o professor por a não educação de um individuo.
Mas infelizmente isso é recorrente nas escolas brasileiras, país atribuem ao professor à tarefa de “educador babá”, encabem a eles a orientação de educar e cuidar de seus filhos. Negando assim seus papeis de país, cuidadores e educadores destas crianças. O problema disso tudo é que a formação desses indivíduos está altamente comprometida já que as salas de aula são no geral super lotadas e há apenas um educador para formar a todos.
Por tudo isso a participação dos fatores sociais é essencial para a formação e deve estar a auxilio da educação formal, pois só assim é possível a existência de futuros cidadãos verdadeiramente comprometidos com o bem coletivo.